Tudo isto é um desafio tão grande, que nem eu faço idéia e é melhor nem ter noção mesmo, se não, o mais provável diante de tanta dificuldade é desistir. Se pensam que é fácil, sair por aí... sem destino e tal, saibam que não é assim tão simples como muitos imaginam. Simples é ter um comércio, ou ser funcionário público. Eis alguns grandes desafios pessoais que tenho que transpor. Um deles é produzir disciplina. Ser disciplinado é quase ir contra a natureza própria do meu ser. Geraldine é mais organizada. Eu sempre fui disperso, curisoso, inquieto, quero saber mais, ir mais longe, ver outras coisas... essa atenção que dou a todas as coisas alguns chamam de déficit de atenção, mas me parece ser o oposto de déficit, superávit. Não ter disciplina não significa que o sujeito seja um  indisciplinado, naquele sentido de aluno da quinta série do colégio. O caboclo só não tem a capacidade de se concentrar numa determinada coisa por um período razoável de tempo. Esse período é algo bem relativo; na medida que analisar uma coisa para mim pode ser necessário, supomos, 3 minutos, enquanto que para outra pessoa poderia levar 19 minutos. Não sei, mas não é o tempo que se leva sobre determinado tema que vai dimensionar a importância ou a boa fruição daquilo. Ainda exemplificando, estes 3 minutos poderiam ser o suficiente para aquela experiência do qual eu precisava. Será que é por isso que sinto que não quero perder tempo? Muitas vezes a operação se inverte e estendo um tempo danado debruçado numa coisa que aparentemente não tem importância, mas como saber? Como saber no momento presente se determinadas atenções tem ou não tem importância? É sempre um desafio. Além de disciplina, é preciso organização. Pensar que é preciso organização me faz ter vontade de dar uma sonora gargalhada, mas me contenho.  Eu tento, mas nunca fui organizado, sou bagunceiro e pra ajudar, esquecido. Um cabeça de vento como dizia minha mãe. Isto tem lá seus encantos e beneficíos. Embora tenha muitas coisas organizadas na vida, me cobro que não é o suficiente, e não é. Há muito trabalho pela frente, é um exercício constante de auto-conhecimento. Cada um tem seus temas para evoluir, todos tem seus desafios evolutivos. Disto é feito a vida, uma constante mudança evolutiva, sem fim.




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